sábado, 26 de março de 2011

O que significa "patavina"? E outras expressões ?

Oi,
Ontem escrevi que não lembrava patavinas do que lia. Fiquei curiosa sobre o significado dessa expressão.  Aliás, tem várias expressões que usamos no dia-a-dia, e não sabemos o significado ou a história. Bem... o significado de patavina (no singular, perdoem meu plural) e não saber nada sobre alguma coisa ou assunto. No blog http://expressoespopulares.com.br encontrei a historia dessa e outras expressões populares. Não entender patavina - os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Legal. Vamos a outras expressões.
Enfiou o pé na jaca: o correto é enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma pinga. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. 
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão: o correto é batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
Cor de burro quando foge: o correto é corro de burro quando foge!
Quem tem boca vai a Roma:  o correto é quem tem boca vaia Roma.
É a cara do pai, esculpido e escarrado‘: forma de dizer que o filho é muito parecido com o pai; o correto é a cara do pai esculpido em Carrara (mármore de Carrara, cidade italiana).
Quem não tem cão, caça com gato: o correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!
Nas coxas: as primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito. Nada a ver com aquela outra conotação erótica, viu ?
Casa da mãe Joana: na época do Brasil Império, durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Sem eira nem beira: os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.



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